Sala ambiente - Língua Portuguesa
Índice:
Que
espaço é esse?
A
sala-ambiente de língua portuguesa deve ser um espaço previamente
preparado e organizado para que a leitura e a escrita possam
acontecer de forma significativa, ou seja, o trabalho com
a língua materna deve garantir a função social do texto. Assim
como o aluno aprende as regras da língua falada a partir dos
diferentes padrões de fala que ouve em seu meio, ele também
necessita de muitos e variados exemplos de como a estrutura
da língua funciona, para que possa apreendê-la.
O
professor poderá transformar a sala-ambiente em oficinas de
leitura ou de produção de textos, a fim de desenvolver com
os alunos as atividades de linguagem (falar/ouvir/ler/escrever),
as atividades de operação e reflexão sobre a linguagem (interpretar/construir/organizar/estruturar)
e as atividades de metalinguagem (conhecimento que constrói
a teoria gramatical).
O
espaço reservado à sala-ambiente para desenvolver os conhecimentos
sobre a leitura e a escrita deve ser prazeroso e acolhedor,
visualmente estimulante, o que constitui condição para a motivação
do aluno, facilitando, assim, a apropriação do conhecimento.
Essa apropriação se dá na interação do aprendiz com seus parceiros
e com os textos, jogos ou outros materiais. Portanto, ao organizar
o espaço da sala, é importante que o professor considere a
necessidade de criar um ambiente favorável às interações entre
os alunos.

Que materiais devem fazer parte
do ambiente?
A sala-ambiente deve ter uma ampla variedade de materiais
de leitura: textos de literatura infantil ou infanto-juvenil,
literatura clássica, Obras Ficcionais e Não-Ficcionais, poemas, jornais,
revistas, (Veja, Superinteressante e outras) gibis, panfletos,
dicionários, guias, atlas, cartazes, quadro de avisos, murais,
mapas históricos e geográficos. Além desses, os jogos estruturados
e os confeccionados pelos alunos e professores, filmes, vídeo,
TV, slides, aparelho de som, CDs com diversos tipos
de músicas, fantasias ou vestuários e adereços para a caracterização
de personagens, fantoches de mão e de dedos, máscaras, etc.

Que organização dar ao material?
O
material pode ser organizado por gênero ou assunto, ficando
acessível aos alunos, de maneira que possam manuseá-lo e lê-lo
sempre que sentirem necessidade, assim como durante horário
destinado à leitura, escrita e aos jogos. Sugere-se que o
professor monte canto do jornal, dos gibis, das revistas,
dos livros de literatura, dos filmes, dos CDs, das fantasias,
das sucatas, dos textos elaborados pelos alunos, das gravuras
e, também, reserve um espaço na parede para o mural.
O professor deve proporcionar acesso fácil, por parte dos
alunos, a uma ampla variedade de materiais adequados a seus
interesses e necessidades. As regras para uso dos materiais
devem ser combinadas com os alunos (os jogos, revistas, gibis
e outros), cuidando-se para que o ambiente fique agradável
e atenda aos seus propósitos.
Há,
também, o espaço dos demais recursos didáticos: papéis da
diferentes tamanhos (cartolinas, sulfite), lápis pretos apontados,
pastas, canetinhas coloridas, distribuídos em latas ou prateleiras
em lugares acessíveis, de modo que os alunos possam fazer
uso deles de forma independente. Esse material organizado
na sala facilita o trabalho do grupo-classe.
Por
exemplo, o uso de pastas para arquivar os textos de autoria
dos alunos; o uso de cartolina e de canetas coloridas para
elaborar um cartaz com um texto propagandístico, divulgando
um evento que irá acontecer na escola. É importante afirmar
que essa preocupação deve ser comum na sala das séries iniciais,
mas cabe dizer que a sala-ambiente da 5a série em diante também
deve possuir esse material organizado, uma vez que os jovens
também sentem o prazer por novos materiais e por diversos
instrumentos de escrita.

A função dos materiais na sala-ambiente
Os
diversos textos
Os
livros de literatura historicamente têm o seu lugar de destaque
na sala de aula, pois possibilitam uma melhor compreensão
do mundo, dos valores sociais e culturais da sociedade. Através
da leitura de contos, histórias, lendas, poesias, o aluno
tem acesso a diferentes mundos, idéias, conhecimentos, dando
asas à imaginação e à criatividade.
A leitura e a interpretação de diversos textos, como notícias,
propagandas, panfletos, história em quadrinhos, mapas históricos
e geográficos, possibilita ao aluno obter informações de mundo
e assim desenvolver a sua competência de leitor. Para isso,
é preciso que o aluno compreenda e compare não só as interpretações
que o texto possibilita, mas também os recursos expressivos
utilizados pelo autor e a organização dos diferentes tipos
de textos.
A presença dos livros de literatura, dos jornais, das revistas
e outros, deve ser garantida na sala-ambiente, a fim de possibilitar
o trabalho com a diversidade de textos Nesse sentido, as expectativas,
os conhecimentos e as experiências anteriores sobre a leitura
e a escrita refletem-se na maneira pela qual o indivíduo interage
com os diferentes tipos de textos.

Por
que letras soltas?
A
criança ao manipular as letras soltas, no Ciclo Básico, reconhece
as semelhanças e ao mesmo tempo em que, vai aprendendo a nomeá-las,
vai estabelecendo relações de correspondência entre sons e
letras e percebendo a ordem das letras na palavra.
Pode-se
propor aos alunos, organizados em duplas, a escrita de listas
de palavras contextualizadas, títulos de histórias lidas pelo
professor e atividades que enfatizem o diferente número de
letras nas palavras, o diferente número de palavras no texto,
a letra inicial, etc. Estas são situações que propiciarão
a evolução da escrita. O alfabeto de plástico indicado para
fazer parte dos materiais na sala-ambiente das séries iniciais,
possibilita criar situações nas quais, com base no que conhecem,
as crianças atinjam patamares próprios de compreensão do sistema
de base alfabética.

A
sala-ambiente como espaço para o jogo
O
jogo presta-se às atividades não só de linguagem (falar/ouvir/ler/escrever),
mas também para refletir sobre a escrita convencional. Nesse
sentido, o uso de palavras cruzadas permite que os alunos
teçam novas combinações entre as letras, discutam possibilidades
e interajam para somar conhecimentos e alcançar resultados
pretendidos. Esse jogo dá a oportunidade de explorar as palavras:
contar as letras, analisá-las, fazer análise fonética, brincar
com a sonoridade, com a ordem, com a semântica.
É
importante ressaltar que a ortografia é um desafio que se
coloca permanentemente para as crianças que já se apropriaram
do modo como se constrói a escrita alfabética. Além de possibilitar
às crianças a explicitação das diferenças entre língua falada
e língua escrita, a explicação de algumas regras ortográficas,
o desenvolvimento do jogo, palavras cruzadas, auxiliam na
compreensão e memorização das diversidades encontradas na
língua materna.
O
uso do bingo de letras, principalmente nas primeiras séries
do ensino de 1o grau, leva à compreensão do sistema de base
alfabética, pois com ele os alunos podem refletir sobre quantas
e quais letras são necessárias para a representação da palavra,
bem como operar sobre os aspectos relacionados à escrita correta
das palavras. Esse jogo possibilita ao aluno, não só das séries
iniciais, mas também das 5ª e 6ª séries, refletir sobre a
escrita ortográfica de palavras de um mesmo campo semântico,
como nomes de pessoas, de países, de animais; sobre a escrita
de diferentes palavras iniciadas ou terminadas com uma letra
sorteada pelo professor; assim como refletir sobre o estabelecimento
de relações entre a linguagem oral e a linguagem escrita,
isto é, a correspondência entre a escrita das palavras e sua
sonoridade.
Cabe ainda afirmar que não só esses jogos, mas também outros
que possam auxiliar no desenvolvimento da escrita ortográfica,
devem fazer parte da sala-ambiente de Língua Portuguesa, uma
vez que o domínio progressivo das formas ortográficas se inicia
no 1º grau e continua durante toda vida.

Os
fantoches, as fantasias e o jogo dramático
Um
outro material indicado para fazer parte da sala-ambiente
é o conjunto de fantoches de mão e palco, fantasias e/ou vestuários,
adereços e máscaras, pois o professor poderá, por meio desse
material, explorar a narratividade que os alunos trazem desenvolvida,
inicialmente, no meio em que vivem. A maioria dos alunos tem
interiorizadas as estruturas provenientes das histórias de
fadas, das aventuras, dos programas de TV, do anedotário popular.
A
sala-ambiente deve ser um espaço rico, onde o professor junto
com os alunos possam criar situações para "brincar"
de teatro, montar telenovelas, radionovelas, propagandas,
experienciar o jogo dramático, viajar para outros espaços
e outras épocas, dialogando com o possível e o impossível,
deixando-os viver representando o real, descobrindo formas
de interpretar e ler o mundo, e recriar a própria vida.

O papel da sucata na sala-ambiente
Além
dos materiais estruturados, o professor poderá propor aos
alunos a confecção de outras fantasias, adereços e máscaras
feitas com sucatas (saquinhos de papel, tecidos usados, papel
crepom e outros) para a dramatização de histórias contadas
pelo professor, criadas pelos alunos (individual ou coletivamente)
e para toda representação que as crianças puderem experienciar
através do jogo simbólico. À medida que os diversos tipos
de texto são vivenciados, os alunos irão perceber que a escrita
varia de acordo com suas finalidades.
Os materiais indicados para fazer parte do acervo da sala-ambiente
de Língua Materna deve ser colocado à disposição dos alunos,
como já foi dito anteriormente, a fim de propiciar interações
com as diferentes linguagens, não só por meio dos textos escritos,
falados, mas também por meio dos filmes.

A
videoteca na sala-ambiente
Os
filmes produzidos a partir dos clássicos infantis (Branca
de Neve e os Sete Anões, Chapeuzinho Vermelho, Pinóquio, e
outras), e das narrativas contemporâneas (A Pequena Sereia,
Chico Bento, O Rei Leão, 101 Dálmatas, Quero ser Grande e
outras) devem fazer parte da sala-ambiente das séries iniciais,
pois apresentam uma linguagem específica para construir o
significado, baseada em uma combinação de texto escrito, músicas,
ruídos e, especialmente, de images em movimento. Para as demais
séries, os filmes produzidos a partir de obras clássicas (A
Moreninha, A Escrava Isaura e outras), informativas (Gaijin
- caminho da liberdade, Gandhi e outras), Ficção (Jurassic
Park), infantis (Pedro e o Lobo, Peter Pan, O Rei Leão) poderão
também enriquecer o trabalho com as atividades de linguagem,
de operação e reflexão sobre o texto e as atividades de metalinguagem.
A
partir do contato com uma diversidade de filmes disponíveis
no mercado, cujas narrativas enfocam aspectos relacionados
à realidade dos alunos, o professor poderá propor inúmeras
situações de ensino-aprendizagem, priorizando o ensino formal
da língua escrita. A troca de informações gerada pelo questionamento
dos assuntos tratados nos filmes ajudará o aluno a desenvolver
a competência leitora em níveis crescente de sutileza e complexidade.
A partir dessa troca para a busca de significado, é fundamental
propiciar aos alunos diferentes situações para o desenvolvimento
da linguagem escrita como, por exemplo, produzir um texto
opinativo, individual ou em duplas, sobre o assunto tratado
no filme.
Pode-se
também solicitar a escrita do discurso direto, obedecendo
a pontuação correta, que aparece num momento da narrativa,
ou ainda, descrever personagens da história a que se assistiu.
Além disso, para as séries mais avançadas, pode-se propor
a escrita, individual ou em duplas, da história sob o ponto
de vista de um dos personagens. Nas séries iniciais, pode-se
propor a descrição da personagem principal da história, listar
os nomes das personagens, ou ainda escrever o trecho mais
significativo da história. É importante, antes de qualquer
situação de escrita, elencar com a classe as diferentes leituras
que poderão surgir após a projeção do filme, o papel de cada
personagem, a função dos ruídos utilizados como recursos no
filme, o lugar onde aconteceu a narrativa.

O uso simultâneo dos materiais
Diferentes
situações podem ser propostas a diferentes grupos de alunos.
Uma delas é organizá-los em grupos para usar os jogos, com
a finalidade de trabalhar as questões ortográficas e, ao mesmo
tempo, propor a outros a seleção de textos opinativos, pesquisados
nos jornais, para a leitura em classe. Pode-se, ainda, organizar
a sala-ambiente para desenvolver diferentes projetos de leitura
e escrita, de maneira que todos os alunos sejam envolvidos.
Enfim, o professor poderá pensar em diversas situações para
atender às necessidades dos alunos e alcançar seus objetivos.

O uso dos materiais na sala-ambiente através de projetos
Pode-se
organizar a sala-ambiente para o desenvolvimento de diferentes
projetos de leitura e escrita.
Clube
de Leitura (5ª e 6ª séries)
Os
alunos organizados em grupos escolhem no acervo da sala-ambiente,
segundo critérios preestabelecidos em conjunto, os livros
que serão lidos e discutidos com o grupo de colegas e estabelecem
o tempo para cada aluno ler a obra selecionada.
Quinzenalmente, no encontro do Clube de Leitura na escola,
os alunos se organizam em grupos e discutem suas leituras.
Cada grupo elege um relator que, a partir de um roteiro fornecido
pelo professor, registra os temas e as discussões. O professor
deve percorrer os grupos, participar das conversas, questionar
e também colocar suas opiniões. Em seguida, as informações
adquiridas devem ser socializadas no grupo-classe.
O Clube de Leitura é uma oportunidade não só para o incentivo
à leitura, mas principalmente para que os alunos troquem entre
si os diferentes significados de um mesmo texto lido, ampliando
assim suas concepções iniciais.
Ler, ou apenas ouvir uma história, tendo a oportunidade de
comentá-la coletivamente depois, é uma atividade enriquecedora
para o grupo e para cada um.
À medida que os alunos vão apresentando as discussões sobre
as obras lidas, é importante fazer o registro dos títulos,
por grupos, em um cartaz afixado na classe, para que todos
acompanhem o número de títulos lidos.

Oficina
de leitura e escrita: trabalhando com narrativas (Séries Iniciais)
O
projeto é para ser desenvolvido durante duas semanas.
A opção para este projeto é selecionar histórias com repetição,
como Os Três Porquinhos, O Casamento de Dona Baratinha, A
Galinha Ruiva, uma vez que este gênero é bastante atraente
para as crianças e permite ao leitor antecipar o que o autor
vai dizer, facilitando a percepção da estrutura do texto.
O professor pode optar pela leitura de um texto, por exemplo,
A Galinha Ruiva, no primeiro dia, que deverá ser distribuído
a todos os alunos. Iniciar a orientação para a leitura, momento
em que os conhecimentos prévios sobre o tema do texto são
discutidos, a fim de facilitar a compreensão. Há a exploração
dos índices de leitura que a capa do livro traz.
A seguir, o professor pode sugerir a leitura silenciosa, de
modo que o aluno tenha possibilidade de estabelecer uma relação
íntima com o escritor, podendo ainda checar suas hipóteses
em relação ao texto.
Um
momento importante após esta leitura é a discussão em grupo
sobre o texto lido, para que os alunos possam confrontar suas
hipóteses, opiniões, desacordos e sentimentos com seus colegas,
ocasião em que tomam consciência de seu próprio conhecimento
sobre o assunto, bem como dos aspectos de seu discurso em
que há contradições.A leitura em voz alta pelo professor deve
ser o último momento. As crianças devem acompanhá-la em seus
próprios textos.
No
caso dos alunos iniciantes, que ainda não desenvolveram boas
estratégias de leitura, esta situação possibilitará a leitura
do texto todo. Depois de comentar com os alunos a história,
deve-se levantar quais são os fatos que se repetem. O professor
poderá ler novamente o texto, para que os alunos possam dizer
com maior facilidade os trechos que se repetem. Em seguida,
o professor registra os fatos que se repetem em um cartaz
e deixa em exposição na classe.
No
dia seguinte recorda a história com a classe, utilizando o
registro do dia anterior, e retoma o conto a partir de algumas
perguntas, como: Qual é o nome da história? Como ela começa?
Qual é o personagem principal? O que acontece depois? Qual
o fato que se repete? Que palavras ou frases se repetem? Como
termina a história?
No
terceiro dia, o professor pode retomar o processo com a leitura
de outro texto, por exemplo, Os Três Porquinhos. Chama a atenção
das crianças para as repetições de palavras ou frases, fazendo
perguntas como: O que vocês acham que acontecerá depois? Por
que vocês acreditam que vai acontecer assim? Por que o personagem
vai dizer/perguntar isso? Essas perguntas mostram às crianças
que a estrutura do texto lhes permite fazer predições.
No
quarto e quinto dia, as crianças, em duplas, devem selecionar
outros contos do acervo de livros da sala-ambiente para a
leitura. No quinto dia, cada criança elege seu conto favorito,
reescreve e ilustra o texto.
No
sexto dia, o professor poderá propor aos alunos, em duplas,
que sugiram idéias para a escrita de um conto. O levantamento
deve ser feito após a discussão em duplas. É importante o
professor definir, com as perguntas, quem será o personagem
principal, qual será o problema, etc. Depois que as crianças
desenvolverem oralmente um plano, estão prontas para ditar
um primeiro rascunho. As crianças devem fazer o registro,
no próprio caderno, do texto produzido, que será retomado
no dia seguinte.
No
sétimo dia, o texto deverá ser afixado para a leitura e para
fazer as possíveis revisões. A leitura feita no dia seguinte
possibilita um certo distanciamento, que favorece uma análise
crítica do texto. Assim, as crianças relêem, e o papel do
professor é fazer relações com outros contos que foram lidos
pela classe, de modo a incentivar a modificação e a melhoria
do texto. Os alunos costumam sugerir que se acrescentem descrições
de cenas ou de personagens, que se mude a seqüência de alguns
fatos ou falas de personagens. O professor deve provocar a
revisão da gramática da frase e estimular os alunos a introduzir
conectivos, de forma a tornar a leitura do texto mais compreensível
ou mais divertida. Finalmente, o conto deverá ser escrito
em uma folha grande de papel e afixado na sala. Pode-se fazer
cópias para as crianças ou solicitar que copiem o texto. Cada
um poderá ilustrá-lo como quiser.
O
trabalho com contos não se encerra com a produção coletiva.
Durante os próximos três dias dessa atividade, os alunos poderão
escrever seus próprios textos. O professor deverá fazer junto
com o autor do texto a revisão ortográfica necessária.

Projeto:
Campanha para uma comunidade sadia (7ª, 8ª séries e Ensino
Médio)
O
projeto é para ser desenvolvido durante 20 dias.
O
objetivo é conscientizar os vizinhos sobre a necessidade de
preservar o meio ambiente de sua comunidade.
A partir do relato dos alunos sobre as características do
bairro onde está localizada a escola, levantar um dos problemas
e tentar solucioná-lo. Por exemplo, um terreno baldio que
sirva de depósito de lixo.
O
professor poderá propor que seja montada, em classe, uma espécie
de agência publicitária para organizar uma campanha no bairro.
Devem ser selecionados pelo grupo, os materiais que poderão
servir de instrumentos de divulgação na comunidade, cartazes
e/ou folhetos. Além disso, é preciso planejar uma palestra
para ser proferida para as demais séries, a fim de conscientizar
os alunos sobre a problemática.
Para
conhecer a estrutura dos materiais a serem elaborados, o professor
pode solicitar aos alunos que tragam para a classe folhetos
e cartazes que são distribuídos nos semáforos, nas residências
e, também, nos jornais de grande circulação. Os alunos, em
classe, deverão observar os diferentes portadores e suas características.
Deve-se chamar a atenção deles para os dados gráficos e textuais.
Na
sala-ambiente, os alunos deverão pesquisar, nas diversas revistas,
nos manuais didáticos, e também na biblioteca da escola, em
enciclopédias, os aspectos da poluição ambiental a fim de
ampliar os conhecimentos para que possam enfrentar adequadamente
a organização da informação. Os textos informativos devem
ser lidos e discutidos em aula por todos, socializando assim
todas as informações. O professor poderá, também, contribuir
com outros artigos.
Caso
os alunos façam a opção por cartazes e folhetos, estes deverão
ser confeccionados por duplas, e seus trabalhos serão revisados
com a participação de outras duplas, para então serem passados
a limpo. O professor fará com os alunos a revisão final. É
importante estabelecer o que cada dupla deverá produzir, um
cartaz e/ou um folheto. Assim que o material estiver pronto,
será eleita uma equipe responsável para proferir uma conferência
na escola sobre o assunto tratado.
Após
a divulgação na escola, serão afixados os cartazes no bairro
(nos lugares onde for permitido), e os folhetos serão distribuídos.

Elaboração:
Sonia Gouveia Jorge